top of page

Por que os carros estão tão caros?

Investigamos os motivos para compartilhar com vocês.



Tudo subiu de preço ultimamente, o IPCA - índice de preços ao consumidor, em agosto, indicava uma variação acumulada de 9,68% nos últimos 12 meses. Agora, os preços dos carros parece que pegaram carona em um foguete. Quais são os motivos?


Em setembro de 2021, os valores praticados pelo mercado e demonstrados na tabela FIPE já subiram acima dos 20% para veículos usados se comparados aos preços de setembro de 2020, enquanto o preço de alguns modelos de veículos novos já chegou a superar os 25% de aumento neste período de um ano.


Em matéria do site Auto Esporte de Setembro de 2020, a notícia era sobre o aumento expressivo de vendas de veículos usados, e o aumento da procura possuía diversos motivos: Na faixa dos carros com até 10 anos de uso e econômicos o público era o de motoristas de aplicativos, em busca de reduzir seus custos mensais e, para o público geral, a busca era por veículos mais completos como os SUVs. Diversas pesquisas do mercado automotivo também definiram como um dos principais motivos da alta procura a busca de alternativas ao transporte compartilhado ou coletivo, por preocupações de contágio da COVID-19.


Mas como todos nós testemunhamos, com a alta procura os preços subiram, mas isso não foi um fenômeno singular de oportunismo e sim o claro efeito da falta de carros novos no mercado, e depois, até de usados. Os vendedores entrevistados na matéria citada já contavam sobre o aumento da dificuldade de encontrar carros usados à venda no mercado para repor seus estoques.


Agora, acompanhe o que acontecia no segmento 0Km onde a ANFAVEA reportou que havia vendido 35% menos veículos no período de janeiro a agosto de 2020 se comparado ao mesmo período de 2019. No ano passado, o principal motivo desta queda foram as fábricas paradas devido ao lockdown, no final do ano as coisas pareciam melhorar, com início da vacinação e o mercado retomando com novo fôlego, mas o maior reflexo na produção devido a pandemia ainda estaria por vir e o conheceríamos bem no início de 2021.


Sabemos que carros são complexos, e hoje são produzidos com materiais e componentes vindos de todo o mundo. Mesmo que um carro seja montado em São Bernardo do Campo – SP, vai sempre ter um módulo eletrônico que pode ser montado em Campinas mas certamente vai utilizar semicondutores (um termo genérico para um chip de processamento ou outros componentes eletrônicos) produzidos, principalmente, em Taiwan, Singapura ou Malásia.


Estes componentes estão por toda parte, em lugares visíveis e invisíveis ao motorista, controlando portas, motor, itens de segurança da carroceria ou sistema de multimídia. E de repente, tudo isso começou a parar de chegar na linha de produção porque desde a ponta desta cadeia de suprimentos houve redução de produção devido também a pandemia e até mesmo a mudança de foco na produção das empresas de semicondutores para atender a demanda de eletrônicos portáteis usados no home-office como computadores e celulares - sem contar os videogames.


Em agosto deste ano, a ANFAVEA reportou queda de 21,9% na produção em comparação com agosto de 2020, que já havia sido ruim como comentado anteriormente, e desta vez a culpa é da falta de componentes, a famigerada crise dos semicondutores. Alguns relatos de executivos na área automotiva chegam a prever reflexos na produção que podem durar até o final de 2022.


Portanto, o aumento de preço que estamos vivenciando é o efeito combinado do retorno da demanda por veículos pelo consumidor, dos estoques menores das concessionárias e lojas de seminovos e ainda tem algum resquício do aumento do dólar. E toda vez que a demanda é maior que a oferta, os preços sobem, pelo menos até que as coisas se normalizem, o que alguns chegam a prever que será apenas no 2º Semestre de 2022.

Por isso, acreditamos que seja o momento ideal para dar uma boa revisada no seu carro atual e esperar um pouquinho para trocar de carro. Conte com a WeCare Auto para deixar seu carro em dia e com preços justos.





Referências:

https://veiculos.fipe.org.br/

bottom of page